Frase da Balzaquiana:


"Crer significa libertar em si mesmo o indestrutível.
Ou melhor: significa libertar-se.
Ou melhor: significa ser indestrutível.
Ou melhor ainda: significa ser."
Kafka

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A VIAGEM EM QUE REENCONTREI A ESPERANÇA NO SER HUMANO

Remando no final do dia, lembranças maravilhosas...
P.S.: Sou eu remando!
Por: Cristiane Laura de Souza - Mãe, advogada, escritora, consultora de estilo e uma balzaquiana absolutamente apaixonada pela vida.

Passar alguns dias em Rio das Ostras, cidade do Estado do Rio de Janeiro, foi transformador.
A cidade, que fica cerca de duas horas da capital, é charmosa e possui toda a estrutura que um turista precisa. Passeamos também no entorno: Arraial do Cabo e Búzios, por exemplo, mas voltar à Rio das Ostras era o nosso deleite.
Lá experimentei o SUP (Stand up paddle) que consiste em remar em pé sobre uma prancha de surf. O esporte exige equilíbrio, um pouco de força e te dá muita, muita, mas muita sensação de liberdade. Remar no mar é maravilhoso.
Mas não foi o esporte que me encantou em Rio das Ostras, mas alguns seres humanos que vivem do SUP naquela cidade.
Ocupada demais com a minha rotina, com a cotação do euro e do dólar, com as taxas de juros, os índices de percepção da corrupção, deixei de olhar a vida como essas pessoas veem.
Logo no primeiro dia fui apresentada aos meninos de uma das barracas de SUP da Praia da Boca da Barra. Meu filho e o filho de um amigo receberam coletes salva vidas e logo já éramos uma irmandade, todo mundo ajudando a "olhar as crianças".
Os donos do negócio e seus funcionários são jovens rapazes e moças, que além de buscar sucesso profissional, querem qualidade de vida, cuidam do meio ambiente e, ainda, mudam o meio social que os cercam.
Para isso, criaram uma ONG, uma escolinha de SUP para atender as crianças carentes da região. As aulas são divididas em teoria sobre a preservação do meio ambiente e a prática do esporte em si, tudo sem nenhum custo.
Naquele lugar, vi mais, muito mais que negócios de turismo, vi e senti pessoas. Elas se preocupam com as pessoas e com o lugar onde vivem e fazem a sua parte para transformar o que não é bom.
Outra figura que me impressionou foi Miguelzinho - homem magro e franzino, que outrora fora um executivo de sucesso, deixando tudo e voltando às suas raízes da juventude como professor de artes marciais. Hoje ele vive em uma pequena casa, em frente à praia e trabalha como personal trainer (claro que na praia, neh... rs). Logo que fomos apresentados ele disse:
- Me desculpe a sinceridade, mas já vi que você é do "balacobaco".
Dei uma bela risada. Ficamos amigos e fizemos alguns treinos correndo na areia, na água, abdominais e outras formas de tortura que Miguelzinho bem sabe fazer.
E, apesar de ter recebido convites para me hospedar em suas casas, não pude ficar mais. Mas trouxe comigo belas pitadas de humanidade, de cuidados com o outro, de receptividade e de qualidade de vida.
Trouxe na mala novas energias para lutar por um mundo melhor.
Saudades daquela gente. Saudades da prancha, do remo e do por-do-sol mais lindo que já vi na vida.
Rio das Ostras - Rio de Janeiro/Brasil, certamente me terás novamente.

sábado, 1 de agosto de 2015

Shows e muito rock: o que vestir?



 Por: Cristiane Laura de Souza - Mãe, advogada,
escritora, consultora de estilo e uma balzaquiana absolutamente apaixonada pela vida
E por falar em rock'n'roll, tem festival, shows e novos bares que também privilegiam o estilo musical na city.
Diante de tantas opções, o que vestir para arrasar?
Minha primeira dica é não deixar a sua personalidade, seu modo de vestir de lado. Não se transforme em uma caricatura.
Se você é clássica, por exemplo, é perfeitamente possível usar a sua blusa gravatinha de poá.
Sem muitos segredos, é possível montar looks despojados usando acessórios e misturando peças de vários estilos, texturas e tempos.
Vamos a alguns exemplos:
1. calça jeans: para quem não abre mão de um bom jeans, pode combiná-los com uma sandália mega plataforma colorida 70's (que está super de volta), camiseta preta com decote "V" - do tipo coladinha ao corpo. Complemente com muitas pulseiras de materiais variados e maxi brincos. Está pronta, básica e linda! Capriche na maquiagem.
2. Couro: Se você, como eu, adora uma peça em couro (de preferência fake), misture uma minissaia ou short de couro pretos, pode repetir a mega sandália plataforma colorida 70's e uma blusa de seda - de preferência em uma tonalidade nude ou ouse o poá gravatinha... ficará um charme.
3. Renda: se é adepta de peças delicadas, como peças de renda, você pode usar, claro, a sua saia  ou short de renda em um "dia de rock, bebê" (rs). Combine a peça com uma camiseta coladinha ao corpo, de preferência ao estilo destroyer. Sapatilhas são mega permitidas, ou um peep toe. Se a peça de renda for uma camisa ou blusa, a dica do jeans, do couro ou uma mini básica super valem.
4. Vestido:  tubinhos e vestidos minis ao estilo lady like também são super bem vindos. Prefira os vestidinhos de cor única, para poder caprichar nos acessórios. Pulseiras de couro, máxi brincos ou colares de metal com mais de uma volta também dão um efeito legal ao look.Sapatilhas são confortáveis e super combinam com vestidos. Cuidado para não carregar com vestidos muito curtos e saltos muito altos. Costumo usar a regrinha: quanto mais curta a roupa, menor o salto.
5. Brilho: Também vale um brilho. Combinar uma regata de paetê com jeans ou uma peça de couro vai te dar um look moderno e com cara de balada.
Dicas básicas para quem, absolutamente, não quer errar: prefira cores escuras para compor o look e não se esqueça: roupas caprichadas (estampas, brilhos, cores) menos acessórios e looks neutros pedem acessórios - maxi brincos, muitas e diversificadas pulseiras.

Look escolhido, se jogue nos embalos de sábado à noite!!!    

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A SIMPLICIDADE DE SER MÃE - livre-se da culpa e curta coisas simples

 Por: Cristiane Laura de Souza - Mãe, advogada,
escritora, consultora de estilo e uma balzaquiana absolutamente apaixonada pela vida

Há algum tempo vinha me questionando sobre o tempo que destino ao meu filho e minha sobrinha. Não tenho tempo. Sinto culpa. Esse era o raciocínio.
Trabalho, viagens, rotina, necessidade de investimentos e o cansaço me impedem de fazer aquela maravilhosa viagem de 15 dias na Disney, ou um safári, ou qualquer coisa mirabolante do tipo que sempre planejo fazer com eles.
Nas últimas férias, como de costume, passaram alguns dias no interior em companhia dos avós. Brincaram na praça, tomaram banho de rio, pescaram, comeram fruta direto do pé, encontraram os primos e fizeram do imenso quintal o seu mundo de fantasias. Tudo isso enquanto eu trabalhava - culpada, claro.
Psicólogos e pedagogos nos dizem o que fazer, programas de televisão, livros, amigos. Tanta gente para opinar. As informações sobre a educação dos filhos atualmente é tão vasta que muitas vezes estive perdida sobre o que, de fato, fazer.
Como nossas avós, que tinham tantos filhos, educavam os seus filhos sem essas receitas prontas?
Há uma semana, tive uma experiência muito interessante.
Na volta às aulas, meu pequeno tinha como tarefa descrever e desenhar o que houve de melhor em suas férias. Imaginei que ele iria descrever a viagem, o rio, os primos, o passeio de trenzinho, enfim....
Mas o que vi me emocionou profundamente. Ele desenhou e descreveu um dia de lazer que passamos juntos em uma pousada. Foi somente um dia, era o tempo que tínhamos. E foi o que marcou. Foi o que bastou para marcar sua mente.
Então descobri que não precisamos de grandes viagens, de inúmeros dias ou de tempo indeterminado juntos. Precisamos só de um tempo. E tempo para fazer coisas simples.
No último final de semana fomos juntos ao supermercado, ele pilotou o carrinho sob o carro de compras e eu pude passar longos minutos na adega lendo rótulos. Depois, fizemos piquenique no parque. Nos sentamos na grama, tomamos suco, comemos pão de queijo e depois, chocolate. Voltamos para casa felizes.
Assim, eis o meu aprendizado receitinha da vovó: ser mãe é muito simples,  a gente é que complica. Livre-se da culpa e curta, no tempo que tiver, coisas simples com os seus pimpolhos. Eles vão agradecer.

Beijocas e muitas brincadeiras ao ar livre para vocês!!!